domingo, 26 de setembro de 2010

António Montez


António Montez nasceu no Cartaxo a 25 de Maio de 1941 é um actor e encenador tendo também vindo a desenvolver um importante trabalho na área das dobargens.
No teatro estreou-se no CITAC (Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra), passando depois a convite de Orlando Neves para o TEP (Teatro Experimental do Porto). A sua estreia profissional foi em 1964 em “Georges Dandin” de Moliére encenada por Jacinto Ramos, no TEP participou, entre outros, no “Auto da Barca”. Em 1967 veio para Lisboa participar em “O Comprador de Horas” substituindo Nicolau Breyner no Teatro Monumental. Em 1971 no Teatro Villaret foi protagonista de “A Capital” onde obtém o Prémio de Imprensa para Melhor Actor e o Prémio do SNI. Posteriormente, entre os seus trabalhos para teatro encontram-se o histórico “Os Emigrantes” com João Perry, “Chiça! Este é o Bom Governo de Portugal” (1980), “Paga as Favas” (1981), “Tá Entregue à Bicharada” (1982), as três da autoria de Francisco Nicholson e Gonçalves Preto no Teatro Adoque. Esteve alguns anos no Teatro Estúdio de Lisboa sob encenação de Maria Luzia Martins onde, entre muitas outras, fez “O Lar” e “Cândido” de Voltaire e onde encenou “O Pecado do Saiote”. Com Raul Solnado fez “A Perguiça” no Teatro Villaret, depois, ao lado de Fernanda Alves no Teatro Nacional “A Louca de Chaillot”, no Teatro Maria Vitória a comédia musical "Histórias da Puta da Vida Militar" com encenação de Norberto Barroca, e no Teatro ABC a revista “P’ró Menino e Prá Menina”, “Almada – Dia Claro” no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian e também “Português, Escritor, 45 Anos de Idade” no Teatro Maria Matos, são estes apenas alguns titulos entre dezenas e dezenas de espectáculos em cena durante uma vida.
No cinema revelou-se como o protagonista de “Pedro Só” de Alfredo Tropa, participando depois em papéis noutros filmes como é o caso do recente “Amália” ou do francês “La reine morte” interpretando o papel de Don Cristoval, “Animal” de Roselyne Bosch , “Ruy Blas” de Jacques Weber ao lado de Gérard Depardieu, “Fátima”, de Fabrizio Costa, “A Epopeia dos Bacalhaus” e “Terra Nova, Mar Velho”, ambos realizados por Francisco Manso, “Dina e Django” da realizadora Solveig Nordlund, “Alexandre e Rosa”, de João Botelho e Jorge Alves da Silva e “Os Touros de Mary Foster”, de Henrique Campos.
Na televisão, onde veio a tornar-se uma cara muito conhecida do grande público participou em
"Sentimentos", "Olhos nos Olhos", "Vingança", "Floribella", "Aqui Não Há Quem Viva", "Quando os Lobos Uivam", "Os Malucos nas Arábias", "Pedro e Inês", "Inspector Max", "Os Malucos do Riso", "O Olhar da Serpente", "Camilo, o Pendura", "Ajuste de Contas", "Café da Esquina", "O Bairro da Fonte", "Alves dos Reis", "A Loja de Camilo", "Conde de Abranhos", "O Dragão de Fumo", "Nós os Ricos", "Bom Baião", "Camilo na Prisão", "Senhores Doutores", "As Aventuras do Camilo", "Desencontros", "Na Paz dos Anjos", "Cinzas", "Nico d'Obra", "O Posto", "Canto Alegre", "Clubíssimo", "Eu Show Nico", "Ora Viva", "Chuva na Areia", "Origens", "Gente Fina É Outra Coisa", "Vila Faia" ou "Retalhos da Vida de um Médico"
Fez várias peças de teatro para televisão, entre as quais “O Luto de Electra”, “A Morte de um Caixeiro Viajante”, “A Capital”, “Auto da Natural Invenção”, “O Fidalgo Aprendiz” ou “A Trilogia das Barcas”, as sete realizadas por Artur Ramos
Desenvolveu também um importante trabalho na área do teatro rádiofónico tendo gravado e feito em directo dezenas de peças de teatro e adaptações de celebres romances.
Dono de uma voz inconfundivel costuma emprestar essa voz a algumas séries e filmes de animação que têm acompanhado as últimas gerações de pais e filhos.
No Cartaxo ainda são muitos aqueles que recordam o seu avô materno, o eminente médico Dr. Júlio Montez, conhecido como o “pai dos pobres”, da memória de António Montez não se desvaneceu também a influência do Professor Poeira que tanto o marcou enquanto jovem aluno no Cartaxo.

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